Aproveitando os v¡nculos constru¡dos ao longo das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio da equipe de Gestão Ambiental da rodovia, articulou uma agenda de reuniÁes técnicas e palestras que mobilizou
seis munic¡pios nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A iniciativa promoveu a aproximação das comunidades com as ações do Plano de Ação Territorial (PAT) Planalto Sul, voltado á Conservação de 22 espécies ameaçadas de extinção.
Realizadas entre os dias 9 e 11 de julho, as atividades contaram com a participação da coordenação do PAT Planalto Sul, formada por técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (SEMA). Os encontros aconteceram nos munic¡pios de Santa Rosa do Sul e Timbé do Sul, em Santa Catarina; e Cambarí do Sul, São José dos Ausentes, Vacaria e Bom Jesus, no Rio Grande do Sul.
Participaram gestores póblicos, produtores rurais, agentes de extensúo rural, empreendedores do turismo, representantes do Geoparque Caminhos dos Cónions do Sul, educadores e estudantes. Durante os encontros, foram apresentados os objetivos e diretrizes do plano, e exibidos os cinco vídeos da Série documental que conduz o póblico por uma jornada com especialistas, pesquisadores e parceiros do projeto.
A articulação entre a Gestão Ambiental da BR-285/RS/SC e o PAT Planalto Sul integra as medidas de mitigação previstas no licenciamento ambiental federal da obra, conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováíveis (Ibama). O educador ambiental do empreendimento, CauᬠCanabarro, destacou que assim como a rodovia, o PAT abrange os dois estados. ôPor isso, buscamos aproveitar os espaços jáí conquistados para contribuir e fortalecer as ações do projeto no territáório.
Além dessas iniciativas, a equipe também vem colaborando com medidas concretas em campo. Um exemplo ã o resgate de duas espécies de gravatís da flora nativa, que núo estavam contempladas nos estudos preliminares, mas foram identificadas e protegidas a partir do conhecimento aplicado nas obras. Conforme a coordenadora do PAT Planalto Sul e bióloga do IMA, Luthiana Carbonell dos Santos, esta interface com o licenciamento ã fundamental para lidar com as ameaças e para o alcance dos objetivos do plano, considerando aspectos biológicos, sociais, culturais e econmicos.
Busca-se, assim, somar esforços em prol da Conservação da biodiversidade, especialmente de plantas e animais que dependem diretamente do engajamento da população local para sua preservação. Segundo Leonardo Urruth, analista ambiental da SEMA e coordenador executivo do PAT, os temas ambientais nção podem ser dissociados dos modos de vida locais. ôA gente nção consegue separar os assuntos de Conservação ambiental das questações de produção. Este projeto tem uma relação muito práóxima com as atividades que as pessoas desenvolvem em suas propriedades e com a biodiversidade que ocorre ali, finalizou.