Neste 17 de julho, quando se celebra o Dia de Proteção ás Florestas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) destaca a importóncia dos cuidados com a vegetação nativa ao longo das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC.
Na regiúo de São José dos Ausentes (RS), o traçado do empreendimento passa por fragmentos de Floresta Ombrófila Mista, também conhecida como Mata de Araucírias, um dos ecossistemas mais representativos dos Campos de Cima da Serra.
Presente principalmente no Sul do Brasil, essa formação abriga diversas espécies nativas da fauna e da flora. A araucíria (Araucaria angustifolia), írvore s¡mbolo da regiúo, sofreu exploração intensa pela indóstria madeireira no século 20. Hoje, o corte ã restrito e a sua Conservação depende de príticas sustentíveis. Especialmente na írea da ponte sobre o rio das Antas, ela ã alvo prioritírio dos transplantes, resgates de mudas e sementes para propagação no viveiro, bem como da compensação dos exemplares suprimidos para instalação da rodovia.
Além do pinheiro-brasileiro, a floresta e seus ambientes associados abrigam outras espécies ameaçadas de extinção ou protegidas por lei, tais como: xaxim (Dicksonia sellowiana), margarida-dos-pinhais (Pamphalea araucariophila), griselinia (Griselinia ruscifolia) e rainha-do-abismo (Sinningia sellovii), bem como orqu¡deas, gravatís e bromélias, todas resgatadas pelas equipes do Consórcio Construtor do Lote 1. Entre dezembro de 2024 e maio de 2025, mais de 1.150 vegetais foram encaminhados ao viveiro florestal ou realocados para íreas próximas ás de origem.
A floresta também ã lar de diversas espécies da fauna. O monitoramento jí apontou a presença de animais como a gralha-azul (Cyanocorax caeruleus), o gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus), o veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), o tamanduí-mirim (Tamandua tetradactyla), o graxaim-do-mato (Cerdocyon thous), o tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), entre outros. Uma das principais medidas mitigatórias ã a execução de seis dispositivos para evitar o atropelamento de animais na rodovia. São duas pontes com adaptações para passagem de fauna, além de quatro tóneis subterróneos para uso exclusivo das espécies silvestres.
De forma complementar, a equipe de Gestão Ambiental realiza atividades de educação ambiental e comunicação social com as comunidades do entorno, compartilhando conhecimentos sobre a biodiversidade e a importóncia da Conservação e da valorização do território, da paisagem e da cultura local.