Publicada em 27 de Agosto de 2024

Controle de espécies exóticas invasoras: conheça as ações realizadas no Lote 1

Espécies exóticas invasoras são plantas, animais ou microrganismos que estão fora da sua área de distribuição natural e acabam ameaçando o ecossistema local, a economia e a saúde humana. Para minimizar este impacto no entorno das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) executa ações preventivas e de controle e erradicação da vegetação invasora.

A região de São José dos Ausentes (RS), no Lote 1 do empreendimento, é considerada prioritária para conservação ambiental. Os seus campos naturais, florestas de araucárias e matas ciliares abrigam uma grande diversidade de espécies, muitas das quais exclusivas do local e ameaçadas de extinção. Durante as vistorias, a equipe de Gestão Ambiental identificou a presença do tojo (Ulex europaeus) na faixa de domínio da rodovia, exótica que tem seu foco de invasão à beira das estradas da região do Planalto.

Trata-se de um arbusto de flores amarelas e ramos espinhosos, que foi trazido da Europa para ser usado como cerca viva. A planta causa impactos ao competir por espaço ou impedir o crescimento de espécies nativas. O manejo nas obras vem sendo realizado por meio da técnica de arranquio, um método manual que envolve a retirada dos brotos pela raiz. 

Conforme o biólogo Marcel Tust, da equipe de Gestão Ambiental, uma alternativa para uso no paisagismo é a caliandra, ou topete-de-cardeal, cuja folhagem densa e flores coloridas não só criam uma barreira visual, mas também atraem animais polinizadores. Outras plantas exóticas invasoras listadas na Portaria SEMA Nº 79 de 31/10/2013 também podem ser encontradas no município, como a acácia-negra e algumas espécies de pinus, fazendo com que a gestão e o controle dessas dispersões sejam essenciais.

A comunidade também pode fazer a sua parte, optando, sempre que possível, pelo plantio de espécies nativas. Elas são mais adaptadas ao nosso ambiente, mais atraentes aos animais e ainda ajudam na conservação da biodiversidade.