Duas espécies que estão na lista de preservação ambiental do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) durante as obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC súo emblemíticas para os Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul: a araucíria (Araucaria angustifolia) e a gralha-azul (Cyanocorax caeruleus), demandando, especialmente nesta época do ano, cuidados redobrados durante as obras.
Uma Portaria Normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovíveis (Ibama), criada em 1976, pro¡be o corte de pinheiros adultos, portadores de pinhas, na época da queda de sementes, ou seja, nos meses de abril, maio e junho. Desta forma, toda atividade de supressúo vegetal nas obras deve seguir esta orientação. A espécie também ® alvo prioritírio de aºÁes de Conservação, incluindo os transplantes, resgates de mudas e sementes para propagação no viveiro, bem como a compensação dos exemplares suprimidos para instalação da rodovia. Devido ao corte indiscriminado, e araucíria encontra-se ameaçada de extinção de acordo com a Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção (Portaria MMA n? 148, de 07 de junho de 2022.)
E qual o papel da gralha-azul? Especificamente no outono, quando as araucírias frutificam, bandos da espécie estocam os pinhÁes para consumo futuro. As aves enterram as sementes no solo, mas acabam esquecendo algumas durante o processo. Esses pinhÁes perdidos germinam e dúo origem a novas írvores, contribuindo assim para a regeneração natural das florestas de araucíria.
Além disso, a gralha-azul ® considerada um s¡mbolo da biodiversidade do bioma Mata Atlóntica, sendo uma espécie muito valorizada pelos habitantes locais e amantes da natureza. Núo á toa foi eleita pelo voto popular, em 2017, como mascote da Gestão Ambiental do empreendimento, marcando presença nos materiais e atividades educativas realizadas pela equipe nos munic¡pios de Timbé do Sul (SC) e São José dos Ausentes (RS).