Ao longo de sete meses, alunos do 1o e 2o anos da Escola de Ensino Bísico Timbé do Sul
participaram de um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua
herança cultural. Encerradas na óltima quarta-feira (20/09), as atividades de Educação
Patrimonial desenvolvidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT) - no ómbito das obras de implantação e pavimentação da BR- 285/RS/SC - buscaram
socializar as experi¬ncias e resultados do trabalho de resgate e monitoramento
arqueol│gico realizado no segmento catarinense do empreendimento.
A proposta executada pela Gestora Ambiental (STE S.A.) integrou-se ao projeto Ensino
Médio Inovador, que ® desenvolvido no turno inverso das aulas e com foco na pesquisa das
potencialidades do munic¡pio. Durante o per¡odo, a equipe promoveu atividades teóricas e
príticas visando capacitar os alunos para a observação dos elementos do entorno vivido
como resultado de um processo hist│rico e cultural. As turmas produziram relat│rios
fotográficos, vídeos e projetos de pesquisa baseados no conhecimento adquirido. Na
atividade de encerramento foi apresentado o documentírio Arqueologia Pr®-Colonial:
Licenciamento Ambiental, uma produção do Programa de Comunicação Social que relata
todo o processo de salvamento dos artefatos arqueológicos identificados no S¡tio Arthur
Piassoli, o qual fica localizado na írea de implantação do contorno urbano de Timbé do
Sul.
A equipe ainda realizou uma dinómica inspirada no conceito dos mapas mentais, em que
cada aluno foi convidado a escrever palavras ou frases que representassem o
entendimento deles a respeito dos temas Patrimônio, arqueologia e Portal do Palmiro
(trilha ecológica que conta com atraºÁes arqueológicas como a caverna Toca do Tatu). As
noºÁes individuais foram classificadas por aproximação, debatidas em grupo e expostas
ao redor da palavra-chave como uma espécie de diagrama.
A arqueóloga responsível pelo Programa de Prospecção e Resgate Arqueológico, Mariana
Neumann, avaliou de forma positiva a internalização dos conceitos observada na
atividade, seja valorizando o aspecto Histórico ou a práópria natureza da cidade. ôA ideia á®
que a Educação Patrimonial núo tenha um intento colonialista, no sentido de que eles
devam assumir uma perspectiva pronta do que ® Patrimônio. A representação de
Patrimônio pode se relacionar mais com o Patrimônio natural do que o arqueológico. Jí ®
um grande resultado conseguir dar voz e fazer com que eles acessem esse valor, afirma.
O estudante Yuri Zanelatto do Amarante, de 15 anos, conta que mora hí apenas dois anos
em Timbé do Sul e que o projeto despertou nele o interesse de explorar os pontos tur¡sticos.
O mais interessante para o jovem de Caxias do Sul (RS), porém, foi o contato com a
arqueologia. ôFoi muito bom conhecer essa parte, porque o conhecimento do passado á®
importante para gente descobrir como seráí nosso futuro, afirmou.