Investigar o passado ® um passo importante para compreender as transformaºÁes do presente e projetar
os desafios do futuro. áÔÇ? com este olhar que a Escola Municipal Frei Modesto trabalha as mudanças que
estão em curso em Timbé do Sul (SC) desde o in¡cio das obras de implantação e pavimentação da BR-
285/RS/SC. A valorização do Patrimônio histórico e cultural do munic¡pio ® também incentivada pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) nas diversas atividades realizadas com as
comunidades. No m¬s de agosto, alunos do 2░ ano tiveram a oportunidade de explorar mais a fundo essa
perspectiva em aºÁes desenvolvidas com a equipe da Gestora Ambiental (STE S.A.) do empreendimento.
No dia 11 a turma visitou a senhora Felisberta Simonetti de Aguiar, de 82 anos, que mora ás margens da
rodovia na localidade de Rocinha. As lembranças ainda vivas na memória ajudam a reconstituir os híbitos
e rotinas da população a partir da década de 1930, época em que o pai ajudou a abrir a atual Serra da
Rocinha com o aux¡lio de picaretas. Ela viu e conviveu com os tropeiros que traziam produtos como
charque, queijo e caf® de São José dos Ausentes (RS), pernoitavam na propriedade da fam¡lia e retornavam
levando arroz, farinha de milho e rapadura. Era criança quando inauguraram a estrada. ôFoi a primeira vez
que vi um carro, contou. Dona Felisberta respondeu a muitas dáóvidas das crianças, principalmente sobre
a aus¬ncia de tecnologias hoje túo comuns como telefone, televisúo ou mesmo energia elétrica. A
pavimentação da serra, para ela, estáí dentro da ordem natural das coisas. ôTudo evolui e nção era possável
ter apenas 30 quilámetros sem asfalto, observou.
A sequ¬ncia da atividade ocorreu no dia 22, com uma visita ao viveiro florestal localizado no canteiro de
obras do Cons│rcio que executa o lote catarinense. A equipe explicou que diversas plantas encontradas
na serra sção realocadas para este espaço durante as obras. ôDepois elas serção reintroduzidas o mais
práóximo possável do local de origem acrescentou a educadora ambiental Ciane Fochesatto. A turma foi
entúo convidada a realizar o plantio da araucíria utilizando pinhÁes como sementes. Cada muda recebeu
uma plaquinha com o nome do aluno responsível. O pequeno Davi Tramontin Pelizzari, de 7 anos, jí sabe
qual o futuro da plantinha. ?ôEla vai crescer na serra e dar frutos. Acho legal plantar áírvores novas no lugar
das que estção tirando para fazer a obra, afirmou.
Para a bióloga responsível pelo viveiro, Anait¬ Zanette Stópp, ® gratificante dividir com a população o
trabalho realizado. ôEstamos resgatando plantas raras e ameaçadas de extinção que muitas vezes as
pessoas sequer conhecem. Tem uma importóncia imensa, especialmente com a riqueza da flora que
encontramos aqui. áÔÇ? recompensador dar esse retorno para comunidade. A diretora da escola, Fabiana
Alexandre Panatta, ressalta que o objetivo final do projeto á® estruturar um memorial na instituição. ôEstamos
partindo da história da BR-285 e fazendo o levantamento das transformaºÁes que ocorreram no decorrer
do tempo. áÔÇ? interessante observar como era, como estáí hoje e como vai ficar. A escola depois quer montar
um memorial com as fotos, entrevistas e objetos antigos que conseguir, explicou.