Programa aproxima e ensina sobre arqueologia e patrimônio
Alunos do 6o ano da Escola de Ensino Básico Timbé do Sul tiveram a oportunidade de conhecer melhor a
arqueologia e a importância da preservação do patrimônio cultural em visita ao Laboratório de Arqueologia
Pedro Ignácio Schmitz vinculado à Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), no município de
Criciúma (SC). A atividade realizada no dia 29/06 integra as ações do Programa Integrado de Educação
Patrimonial desenvolvido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC) no
âmbito das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC. O objetivo é dar visibilidade ao
conhecimento arqueológico e divulgar os resultados das pesquisas realizadas no empreendimento.
No início da visitação, profissionais do laboratório explicaram que a arqueologia investiga o passado a partir
dos vestígios deixados por grupos humanos. Vale lembrar que esta ciência é muitas vezes confundida com
a paleontologia, que pesquisa a história da vida na Terra através dos fósseis (como os dinossauros). Na
conversa também foram mencionados diferentes tipos de sítios arqueológicos que representam os modos
de vida das antigas populações que ocuparam Santa Catarina, como os Sambaquis, dos povos do litoral;
as casas subterrâneas dos índios Xokleng; e os sítios cerâmicos dos povos Guarani. A arqueóloga da
Gestora Ambiental (STE S.A.) da BR-285/RS/SC, Mariana de Araújo Neumann, falou sobre como ocorrem
as escavações e as técnicas empregadas em sítios como os resgatados na faixa de domínio da rodovia
em obras.
A equipe da instituição guiou os estudantes em uma exposição de peças originais e réplicas de artefatos
feitos de pedra lascada, cerâmica e ossos de animais. No laboratório propriamente dito, os arqueólogos
demonstraram como é feita a higienização e a catalogação das peças, destacando os usos e os
procedimentos utilizados para produção dos materiais. “Como é possível saber que uma pedra é um
artefato arqueológico? Porque a gente consegue ver marcas que nos mostram que a pedra foi lascada para
obtenção de um gume”, explicou Mariana.
A turma ainda conheceu a reserva técnica da universidade, onde está guardado o acervo coletado no Sítio
Arthur Piassoli - localizado na área do futuro contorno urbano de Timbé do Sul. O aluno Giuliano de Souza,
12, fez várias perguntas e revelou tudo o que aprendeu com a visita. “Aprendi muita coisa sobre os
indígenas e as ferramentas que eles usavam.” Ele conta que a atividade despertou o gosto pelo
conhecimento. “Vou levar para minha vida pessoal e ensinar minha mãe e meu padrasto. Gostei muito,
quero vir mais vezes e aprender mais.”