Cuidados ambientais da BR-285/RS/SC começam no canteiro de obras
O canteiro de obras de um empreendimento rodoviário centraliza todo o apoio técnico
e logístico necessário à execução das atividades construtivas. Nesta área ficam os
setores administrativos, ambulatório, refeitório, oficina, posto de abastecimento,
laboratório, almoxarifado, entre outros. No segmento catarinense das obras de
implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, em Timbé do Sul, a operação do local
segue uma série de medidas para evitar ou minimizar os impactos negativos ao meio
ambiente, conforme previsto na licença ambiental emitida pelo Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Para inspecionar
sistematicamente o funcionamento do canteiro do Lote 2, o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC) conta com a equipe da Gestora Ambiental
(STE S.A.).
Uma lista de verificação é aplicada em cada vistoria mensal, por meio da qual avalia-
se o cumprimento das exigências ambientais. No que se refere à infraestrutura do
local, são observados itens como a impermeabilização do piso da oficina mecânica, as
condições do posto de abastecimento de veículos, a funcionalidade das caixas
separadoras de água e óleo e o acondicionamento dos diferentes resíduos gerados.
Conforme o especialista ambiental Francisco Feiten, estes aspectos são considerados
os mais sensíveis da vistoria. “Um possível impacto é a contaminação do solo e/ou do
curso hídrico, situado adjacente ao canteiro de obras, decorrente de eventual
vazamento de óleo lubrificante ou combustível”, afirma. Por isso é necessário dispor,
acrescenta o técnico, de um kit de mitigação ambiental composto de materiais
capazes de absorver o produto contaminante e, assim, reduzir a chance de dano
ambiental.
Em relação aos resíduos gerados, o Consórcio Construtor (Setep/Ivaí/Sotepa) destaca
que o material reciclável passa por uma pré-seleção no próprio canteiro de obras e
depois é encaminhado para catadores de Timbé do Sul. Já os resíduos não recicláveis
são recolhidos pela coleta pública do município e os perigosos, por sua vez, são
destinados por uma empresa especializada no transporte e armazenamento desta
classe de material, segundo as determinações previstas por lei e as normas técnicas
dos órgãos responsáveis. Todas estas ações também são supervisionadas pela
Gestora Ambiental.
O controle da equipe abrange ainda outros elementos que envolvem a drenagem, a
ocorrência de processos erosivos e a saúde e segurança do trabalhador. Feiten
salienta que até o momento as atividades executadas no local estão de acordo com o
preconizado pelo órgão ambiental federal. Vale também destacar o plantio de 250
mudas nativas, de espécies como o palmiteiro e a capororoca, que visam compensar a
supressão vegetal executada na área do canteiro de obras. Os exemplares estão em
espaço delimitado próximo à margem do rio Serra Velha. O canteiro também abriga
um viveiro que permite a manutenção e a propagação das plantas resgatadas nas
obras até a sua realocação definitiva.