De acordo com a arqueóloga da Gestão Ambiental (STE S.A.), Mariana Araújo
Neumann, o acompanhamento das frentes de trabalho é desenvolvido
prioritariamente nas fases de supressão da vegetação e limpeza do terreno.
“Nestas etapas acontece a movimentação de solo que revelará possíveis
vestígios arqueológicos”, explica. A equipe monitora também outras atividades
como a construção dos bueiros, as fundações dos viadutos e o avanço da
terraplenagem, sendo realizada a inspeção visual do solo, dos sedimentos
extraídos e dos perfis resultantes (seções verticais). Durante a atividade os
profissionais registram – em documentos e fotografias – as datas, as
coordenadas da área, o tipo de serviço em andamento e as características dos
solos e da ocupação humana no entorno. Ainda que as obras estejam
paralisadas no lote gaúcho, vistorias regulares também são realizadas neste
segmento.
Até o momento não foram localizadas novas evidências que justificassem a
metodologia de escavação arqueológica. “A estrada no trecho da serra possui
uma história recente e bem documentada, ainda presente na memória dos
habitantes como registram as entrevistas realizadas”, salienta Mariana. Já no
trecho do Contorno de Timbé do Sul, devido à presença dos sítios
arqueológicos mais antigos, “o monitoramento é importante porque a
localização de novas evidências complementaria a compreensão da ocupação
da paisagem destas populações”, completa a arqueóloga.