Conforme o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil ® o pa¡s com a maior biodiversidade
do mundo, abrigando cerca de 20% do total de espécies encontradas em terra e na
ígua. Somente em relação á flora, súo mais de 40 mil diferentes espécies conhecidas.
Com o objetivo de contribuir para preservação deste capital natural, o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) executa medidas de mitigação e
compensação dos impactos á vegetação nos seus empreendimentos.
Inseridas no bioma Mata Atlóntica, as obras de implantação e pavimentação da BR-
285/RS/SC contam com quatro Programas Ambientais relacionados diretamente á
flora, os quais súo executados pelo Consórcio Setep/Iva¡/Sotepa e envolvem o controle
da supressúo, a erradicação e prevenção de espécies exóticas invasoras, a
recomposição florestal e o aproveitamento cient¡fico da vegetação. Entre as atividades
que se destacam estão o resgate de recursos genéticos (frutos, sementes e mudas)
para posterior plantio no entorno da rodovia, a coleta de material botónico para
documentação cient¡fica e o transplante de espécies ameaçadas de extinção, como o
xaxim, o urtigúo-da-serra e algumas orqu¡deas.
Além das plantas indicadas no Plano Bísico Ambiental, o Consórcio Construtor
também passou a resgatar outras espécies de interesse ecológico. Mais recentemente
constatou-se que a Serra da Rocinha ® reduto da Salvia congestiflora, espécie que no
Rio Grande do Sul está em perigo de extinção, conforme o Decreto Estadual no
52.109/2014. De acordo com o bi│logo da Gestão Ambiental, Marcel Tust, por possuir
condiºÁes favoríveis de propagação, cultivo e potencial ornamental, a planta está
sendo utilizada na recuperação de íreas degradadas no empreendimento.
Outra espécie preservada por meio de transplantes para os viveiros e de mudas
semeadas ® o gravatí-do-bruno (Eryngium irgangii), planta descoberta por
pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que ocorre
apenas na Serra da Rocinha. A planta cresce nas bordas das encostas, muitas vezes
sob cobertura vegetal, habitando fendas rochosas ómidas com acómulo de matéria
orgónica. "Todos os indiv¡duos de crescimento espontóneo jí foram retirados, mas
ainda hí indiv¡duos nos hortos para serem realocados e mudas que germinaram a
partir de sementes", explica o bi│logo.
Produção nos viveiros - A grande produção de mudas de espécies arbóreas e
herbíceas nos viveiros viabilizou at® o momento a autossufici¬ncia das atividades de
Conservação e permitirí a permuta com outros viveiros para diversificação de
espécies. Além disso, o material produzido vem sendo utilizado com sucesso na
recuperação de íreas degradadas. "Por serem desenvolvidas a partir de sementes
coletadas de matrizes regionais e cultivadas ao longo da pr│pria rodovia, as mudas
possuem ótima adaptação após o plantio definitivo", destaca Tust.