Publicada em 06 de Julho de 2017

Conhecimento arqueológico é compartilhado com colaboradores da BR- 285/RS/SC

Por recomendação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), desde 2002 as
pesquisas arqueológicas realizadas no âmbito do licenciamento ambiental devem ser acompanhadas de
Programas de Educação Patrimonial. Nas obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC) desenvolve atividades que buscam dar
visibilidade ao conhecimento arqueológico e divulgar os resultados dos estudos realizados no
empreendimento. No dia 27 de junho, a equipe da Gestora Ambiental (STE S.A.) dialogou sobre estes
temas com cerca de 50 colaboradores do Lote 2, em Timbé do Sul (SC).

A arqueóloga Mariana Araújo Neumann abordou o trabalho de salvamento executado no Sítio Arthur
Piassoli, localizado em uma área por onde passará a rodovia, em Timbé do Sul. Ela explicou que lá foram
encontrados artefatos líticos (feitos de pedra lascada e polida), como machados e plainas, os quais foram
utilizados por sociedades indígenas pré-coloniais. Um vídeo sobre como ocorre o resgate arqueológico foi
apresentado aos trabalhadores, destacando técnicas e metodologias semelhantes às aplicadas na BR-
285/RS/SC. Mariana destacou a importância das equipes de trabalho na preservação do patrimônio
histórico e cultural durante as obras. “As etapas de supressão vegetal e terraplenagem são as mais
propícias ao encontro destas peças. Precisamos do apoio de vocês para que qualquer material diferente
ou estranho seja encaminhado à Gestora Ambiental”, afirmou.

O salvamento do sítio foi realizado no mês de janeiro deste ano dentro das ações do Programa de
Prospecção e Resgate Arqueológico. Os estudos começaram ainda na fase de obtenção das Licenças
Prévia e de Instalação do empreendimento, em 2011, com a realização de pesquisas que indicaram
vestígios de uma ocupação humana muito antiga na região. O IPHAN recomendou então que fosse
realizado o resgate destes bens arqueológicos e ainda o monitoramento das obras de instalação. O acervo
coletado está exposto na instituição de apoio do projeto, a Universidade do Extremo Sul Catarinense
(UNESC), de Criciúma/SC, a qual desenvolve pesquisas sistemáticas sobre ocupações indígenas na
região.