DNIT realiza atividade de sensibilização sobre plantas exóticas invasoras
A flora é um recurso de grande valor para a vida humana de diversas maneiras: na
economia, alimentação, medicina, vestuário, entre outros aspectos. Por causa desses
benefícios, muitas plantas são levadas para áreas diferentes do seu local de origem e
passam a ser chamadas de exóticas. Algumas podem conviver em harmonia com as
nativas, mas outras proliferam sem controle e, favorecidas pela ausência de inimigos
naturais, têm a capacidade de ameaçar o equilíbrio dos ecossistemas. Os prejuízos
causados ao ambiente em que estas plantas invasoras são introduzidas e maneiras de
controlá-las foram temas abordados em ação promovida pelo Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC), nesta terça-feira (20/02), em Timbé do Sul,
com moradores lindeiros às obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC.
Técnicos da Gestora Ambiental (STE S.A.) e do Consórcio responsável pela execução
do Lote 2 (Setep/Ivaí/Sotepa) realizaram visitas domiciliares visando prevenir a
introdução de novas espécies exóticas invasoras e fornecer medidas de controle ou
erradicação daquelas que já se encontram estabelecidas. A educadora ambiental
Ciane Fochesatto explicou como estas plantas podem impactar a biodiversidade. “Elas
se espalham com facilidade e sem controle, não deixando espaço, água e
luminosidade para que as espécies nativas se desenvolvam”, afirmou. Em material
distribuído pela equipe foram listadas as principais invasoras identificadas no
município, como o lírio-do-brejo, a uva-do-japão, o pinheiro-americano, o eucalipto, a
goiabeira, a nêspera e o chuchu.
O biólogo Alecsandro Klein observou os quintais dos moradores e dirimiu dúvias sobre
as espécies cultivadas e formas de manejo para evitar a proliferação das exóticas
invasoras. Ele ainda recomendou o plantio de nativas como o jerivá, o manacá-da-
serra e a pitangueira. Em relação às medidas adotadas no processo construtivo, Klein
ressalta que as plantas exóticas invasoras localizadas na faixa de domínio da rodovia
são suprimidas e o solo é removido e confinado para evitar a propagação das mesmas.
Morador do Pé da Serra, José Mário Dal Pont mantém um jardim bem cuidado com
espécies da região. “É importante ter conhecimento, porque às vezes a pessoa planta
esperando um determinado resultado e pode acabar tendo problemas”, avalia. Da
mesma forma, o casal Maria Rosângela e Luis Carlos Aguiar garante no seu quintal
abrigo e alimentos para os pássaros. “Me decepciona ver a mata nativa dando lugar
aos pinheiros. A gente gosta de apreciar a natureza e valoriza o que é nosso”,
comenta Maria Rosângela, apontando para árvores como a figueira e o palmiteiro.