Publicada em 17 de Fevereiro de 2020

DNIT identifica novos artefatos arqueológicos nas obras da BR-285/RS/SC

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio de sua
Gestora Ambiental (STE S.A.), está concluindo as ações do Programa de
Monitoramento Arqueológico no Lote 2 das obras de implantação e pavimentação da
BR-285/RS/SC. Entre os dias 8 de janeiro e 2 de fevereiro, a equipe de arqueologia
acompanhou e registrou a supressão da vegetação e o início da terraplanagem no
trecho do Contorno de Timbé do Sul (SC), em especial na área marginal do sítio
arqueológico Artur Piassoli I, identificando 11 artefatos, essencialmente machados
lascados e polidos.

As atividades do Programa de Monitoramento Arqueológico fazem parte de uma série
de medidas mitigadoras de impactos ambientais previstas no licenciamento e
asseguram que a execução das obras não implique em prejuízos para a proteção do
patrimônio histórico cultural e, consequentemente, para seu usufruto pelas gerações
presentes e futuras. A arqueóloga Mariana Neumann, que faz parte da equipe de
monitoramento, comenta que “este trabalho dá a dimensão profunda da história e da
multiplicidade de formas que as pessoas adotaram para viver na região ao longo de
aproximadamente 10 mil anos e nos permite reconhecer a história dos grupos
indígenas do passado e do presente como sendo também a nossa”.

Desta forma, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) solicitou
que o Programa fosse mantido até a completa realização das etapas de limpeza do
terreno para implantação da rodovia, quando é facilitada a visualização de vestígios
arqueológicos. Em 2017, foram feitos resgates de artefatos líticos (primeiros materiais
rochosos utilizados de diversas formas pelo homem) em dois sítios arqueológicos, no
entanto a obra não havia iniciado na área de Artur Piassoli I. O material recuperado
recentemente é similar ao descoberto na primeira fase dos levantamentos. Depois de
higienizadas, analisadas, registradas as características e as informações sobre o lugar
em que foram localizadas, as peças serão encaminhadas à Universidade do Extremo
Sul Catarinense (Unesc), instituição endossante do projeto.