Publicada em 23 de Junho de 2021

Monitoramento indica manutenção da qualidade da água na BR-285/RS/SC

As obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, no município catarinense
de Timbé do Sul, interceptam rios de importância turística e econômica para região.
Atento a isso, o licenciamento ambiental do empreendimento indica medidas para
detectar, com a devida antecedência, eventuais impactos negativos da construção e
obter os subsídios necessários ao efetivo controle ambiental. Desta forma, o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio da Gestora
Ambiental, executa o Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e Proteção
de Recursos Hídricos, cuja 19a campanha ocorreu no mês de abril.

Timbé do Sul fica localizado na bacia hidrográfica do rio Araranguá, que possui suas
nascentes localizadas na Serra Geral e deságua no oceano Atlântico. Conforme o
Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, a quantidade e
qualidade da água na bacia encontra-se parcialmente comprometida, em alguns
trechos, pelas seguintes atividades: agricultura; crescimento desordenado das
cidades; desmatamentos nas nascentes, das encostas e mata ciliar; efluentes
industriais e domésticos; lixo; mineração e salinidade, entre outros.

Em obras rodoviárias, os vazamentos de óleos, o tratamento inadequado de esgoto e a
geração de sedimentos ocasionada pela erosão podem causar graves impactos e
passivos ambientais. Diante desse cenário, as campanhas são realizadas a cada três
meses mediante a coleta de amostras em oito pontos dos rios Rocinha e Seco
(afluente do Serra Velha) – ambos com as obras das novas pontes já concluídas.
Alguns parâmetros são medidos ainda em campo com o auxílio de uma sonda
Aquaread AP 800, que afere temperatura, oxigênio dissolvido, condutividade, pH e
turbidez. As amostras são hermeticamente fechadas, etiquetadas e mantidas em
caixas térmicas até serem enviadas ao laboratório para realização das demais
análises.

Todos os parâmetros monitorados são analisados estatisticamente e confrontados com
a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento
presentes na Resolução Conama no 357/2005. Tendo em vista que as diferenças dos
valores dos parâmetros monitorados a montante (acima) e a jusante (abaixo) das
obras não apresentaram diferenças significativas, concluiu-se que não há impactos do
empreendimento na qualidade da água.

Destaca-se ainda que a gestão sustentável da água e saneamento para todos é,
conforme previsto na agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), um dos
17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para erradicar a pobreza e
promover vida digna dentro dos limites do planeta. Segundo a entidade, a escassez de
água afeta mais de 40% da população mundial, número que deverá subir ainda mais
como resultado da mudança do clima e da gestão inadequada dos recursos naturais.