Publicada em 19 de Janeiro de 2022

Obras de contenção envolvem soluções de engenharia e cuidado ambiental

A estabilização das encostas na Serra da Rocinha é uma das etapas mais desafiadoras
das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, em Timbé do Sul (SC),
em razão da existência de estruturas geológicas complexas, topografia acidentada e
necessidade de preservação ambiental. Após uma série de estudos, o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) iniciou, em novembro de 2021, a
execução dessas obras, compostas por diferentes soluções de engenharia para
contenção de oito pontos suscetíveis à ocorrência de escorregamentos.

Do ponto de vista geológico, o trecho pertence ao Grupo Serra Geral, Formação
Gramado, representada basicamente por derrames basálticos com intercalações
frequentes com rochas sedimentares eólicas da Formação Botucatu no platô inferior. A
região se destaca pela exuberância da paisagem constituída por cânions e escarpas,
sendo que a Serra da Rocinha conta com uma diferença altimétrica de
aproximadamente 1.000 metros da sua base ao topo.

O trabalho que está em andamento consiste na execução de medidas para evitar as
quedas de blocos de rochas e os escorregamentos de encostas. Serão utilizadas, por
exemplo, cortinas atirantadas (paredes de concreto armado ancoradas ao maciço
rochoso por tirantes), telas metálicas de alta resistência e o grampeamento de
solo/rocha (reforço da encosta com chumbadores ancorados). Em paralelo, ocorre o
alargamento da plataforma da pista para viabilizar a implantação do pavimento de
concreto.

A Gestão Ambiental do empreendimento supervisiona a implantação das contenções e
da obra como um todo visando prevenir ou minimizar os impactos negativos. Nesse
contexto, a equipe orienta e monitora os procedimentos de supressão vegetal, o
resgate de sementes e mudas nativas representativas e inspeciona as frentes de
obras para identificar e controlar eventuais processos erosivos, bem como o descarte
de resíduos de modo adequado. Vale destacar que nos taludes e em áreas de passivos
que se encontram na configuração final e que não receberão estruturas de contenção,
estão sendo plantadas gramíneas, indivíduos arbustivos e arbóreos para dar
celeridade ao processo de cobertura vegetal, medida igualmente importante no
processo de estabilização.