Publicada em 05 de Maio de 2023

DNIT garante cuidados com o meio ambiente nas obras do Lote 1

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) executa nas obras de implantação e
pavimentação da BR-285/RS/SC, entre São José dos Ausentes (RS) e Timbé do Sul (SC), uma série de medidas
relacionadas ao licenciamento ambiental do empreendimento. A construção de pontes e viadutos, por
exemplo, conta com diferentes cuidados para prevenir e/ou mitigar potenciais impactos ambientais.

Junto aos cursos hídricos são realizadas ações para evitar a ocorrência de processos erosivos e a contaminação
da água. Nos canteiros de apoio, são observadas as condições sanitárias, a destinação dos resíduos e efluentes,
o acondicionamento dos materiais e os procedimentos de saúde e segurança dos trabalhadores. No segmento
do Rio Grande do Sul, durante a abertura do caminho de serviço para acessar a ponte/passagem de fauna do
km 51, que já foi concluída, destacou-se o resgate de espécies da flora nativa, principalmente da cambajuva
(Cambajuva ulei). Endêmica dos campos de altitude do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a planta é
considerada “em perigo” na Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. Cerca de 60
exemplares foram realocados para áreas adjacentes que não sofrerão intervenções das obras.

Ainda em relação às plantas, salienta-se a coleta de sementes de espécies herbáceas e arbóreas da flora nativa,
as quais são levadas para germinação no viveiro florestal implantado pelo Consórcio Construtor. As mudas
produzidas serão utilizadas na recomposição de áreas degradadas e no atendimento de outras medidas
mitigatórias. A equipe da Gestora Ambiental supervisiona as atividades com o objetivo de garantir a as
melhores práticas de controle e o cumprimento da legislação vigente.

Outro programa executado nesta etapa das obras no trecho gaúcho é o de monitoramento de
macroinvertebrados bentônicos, organismos aquáticos que são indicadores biológicos de qualidade
ambiental. Estes pequenos animais habitam o fundo de rios, lagos e demais corpos d’água, aderidos a pedras
e folhas ou enterrados no sedimento. Sua biologia e comportamento de vida bem definido pela ciência é o
que possibilita a utilização em programas de biomonitoramento, incluindo o conhecimento sobre a
sensibilidade e/ou tolerância específica de cada grupo. Os resultados são complementados por análises de
determinados parâmetros da qualidade da água, como pH, turbidez, coliformes, entre outros.